quarta-feira, 18 de junho de 2008

O Tratado de Versalhes

Foto da Cerimônia de assinatura do Tratado de Versalhes

O Tratado de Versalhes
O Tratado de Versalhes foi assinado no dia 28 de Junho de 1919 pela Alemanha e pelas potências aliadas na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, em França. Este tratado é composto por cerca de 440 artigos, incluindo, igualmente, numerosos anexos. A elaboração do tratado teve início no princípio de 1919 e depois de muitos meses de duras negociações, foi apresentado à Alemanha para análise no dia 7 de Maio de 1919. Foram dadas três semanas ao governo alemão para aceitar os termos do tratado. Inicialmente, a resposta correspondeu a uma longa lista de queixas, tendo, a maioria, sido ignoradas. Muitos consideraram que o tratado era extremamente rigoroso e, de certa forma, bastante rígido para com a Alemanha. Pela severidade dos termos do tratado para com a principal nação derrotada, o Tratado de Versalhes constituiu, na perspectiva da Alemanha, uma penosa humilhação. Desta forma, tanto pelo descontentamento que gerou como pelas dificuldades económicas que impôs aos alemães nos anos seguintes, ajudou a criar condições para a ascensão de Adolf Hitler ao poder, nos anos 30, e, em consequência, para o retorno a um conflito em larga escala, no qual a Alemanha defrontaria novamente nações como a França e a Inglaterra durante a Segunda Grande Guerra. Para assegurar o entendimento político e a paz entre os países, o tratado previa a constituição da Sociedade das Nações, a redução do território alemão, a desmilitarização da Alemanha e o pagamento por parte desta de pesadas indemnizações de guerra. Sendo assim, o território da Alemanha foi reduzido em 13,5% (cerca de sete milhões de pessoas) e foram-lhe retiradas as colónias ultramarinas. Alsace-Lorrain passou a pertencer à França e o território belga alargou-se para Este, passando a possuir as áreas de Eupen e Malmedy. Para além dessas modificações no território alemão, a área da Prussia Este passou a pertencer à Lituania, enquanto que Sudetas passou para a Checoslováquia. Relativamente ao exército alemão, este foi limitado a um máximo de 100.000 soldados, tendo a utilização de artilharia pesada, gás, tanques e aviões sido proibida. Também se entendeu que a marinha da Alemanha só podia possuir navios abaixo das 10.000 toneladas, sendo que os submarinos foram totalmente proibidos.

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